Não subestime um corvo: pesquisa revela que essas aves espertíssimas lembram do rosto de ‘quem foi mala’ por duas décadas, e podem se vingar
Não se engane com o bico elegante, o voo poético e aquele olhar de quem sabe mais do que diz: o corvo é uma criatura cheia de memórias e rancores. Uma nova pesquisa acaba de revelar que essas aves são capazes de reconhecer humanos desagradáveis por até 20 anos. Mais do que muito parente guarda birra por causa de herança mal resolvida. Se você um dia gritou com um corvo, mexeu no ninho dele ou simplesmente fez cara feia… sinto muito. Ele lembra. E está esperando o momento certo para te encarar do alto de um poste com a superioridade de quem jamais esquece.
Cientistas descobriram que os corvos não apenas se lembram das pessoas que os trataram mal, como também avisam os colegas. Sim, eles fofocam. Um verdadeiro comitê de inimizades aladas se forma no céu: um grita, o outro confirma, e quando você passa, parece que estão todos te julgando em silêncio. E estão mesmo. Eles não só guardam mágoa, como repassam a mágoa adiante, tipo corrente de WhatsApp de tia ressentida. É a inteligência emocional com penas, só que mais rancorosa do que muita gente de condomínio.
O mais surpreendente é que os corvos não se importam apenas com a ofensa direta. Basta você ter participado de um grupo que desagradou um deles e pronto: está na lista marcada da fauna. E essa lista é mais precisa que muito banco de dados de cartão de crédito. Corvos são, ao mesmo tempo, agentes secretos e juízes implacáveis. Você pisca, eles já abriram um dossiê com seu nome. Não se espante se, ao sair de casa, ouvir um crocitar ofendido ao longe. Pode ser só um lembrete: “eu sei o que você fez no verão de 2005”.
Enquanto a humanidade mal lembra onde deixou a chave do carro, os corvos estão aí, com um HD afetivo poderoso e um senso de justiça que faria inveja a muito terapeuta. A lição? Trate bem os bichos. Especialmente os que voam, têm penas pretas e te olham como se tivessem lido sua alma: porque provavelmente leram mesmo. Os corvos são a sogra da natureza: não esquecem, não fingem simpatia e, se puderem, vão te cobrar com juros e correção aviária.
Essa história nos ensina duas coisas: a primeira, é que o cérebro dos corvos é uma preciosidade que ainda vai render muito estudo. A segunda, é que o karma existe e às vezes ele vem em forma de pássaro preto, empoleirado na sua janela, com cara de quem só está esperando o momento certo de fazer você se arrepender daquela pedrinha que atirou em 2003.
