Sem nenhum pulso e com o rabo entre as pernas: o Congresso nas mãos vazias de Hugo Motta

Depois de Severino Cavalcanti, uma nova página de fragilidade se escreve no comando do Legislativo consagrando Hugo Motta como um dos piores presidentes do Congresso Nacional, hoje considerado “inimigo do povo”.

A história recente do Congresso brasileiro guarda alguns nomes que se tornaram símbolos de fragilidade institucional. Severino Cavalcanti, em seu breve e desastroso período à frente da Câmara, tornou-se referência de tudo aquilo que um presidente da Casa não deve ser. Hoje, quem se destaca nesse ranking ingrato é Hugo Motta, cuja atuação tem sido marcada mais pela hesitação e pela incapacidade de impor autoridade do que pela firmeza que o cargo exige. Frouxo, sem pulso, e medroso, ele não deveria ocupar a cadeira, justamente por não possuir o pulso firme que o cargo exige. Olhamos hoje Hugo Motta, como quem olha um cachorrinho com medo, com o rabo entre as pernas.

Digo isso porque o papel de um presidente do Congresso não se resume a abrir sessões ou intermediar pautas. Alias, nem isso Hugo Motta consegue fazer mais. Não consegue, pois o cargo exige dele pulso firme, resistência às pressões externas e, sobretudo, a coragem de não ceder à chantagem política que corrói o Legislativo. Hugo Motta, entretanto, coleciona episódios que revelam o contrário: uma mesa diretora obstruída sem resposta e punição, aliados que testam sua paciência sem medo de sanções e um silêncio cúmplice diante de atos que pediam punição exemplar. Mas, se os atos pedem punição, Hugo Motta parece mais preocupado em pedir conselhos e buscar segurança em Arthur Lira.

Não é segredo em Brasília que, na prática, Arthur Lira continua sendo a voz mais ouvida nos corredores do Congresso. A imagem de Motta é a de um líder formal, mas sem o peso político e respeito necessário para arbitrar disputas e manter a disciplina interna. Dentro do Congresso, já existe políticos que brincam perguntando se a ‘mamadeira do Hugo Motta já está na mesa enviada pelo Lira.” Essa dependência, que já virou deboche nos corredor do Congresso, torna evidente uma presidência que mais parece decorativa, incapaz de assumir de fato o protagonismo que lhe cabe.

A analogia que se forma é inevitável: um presidente que prefere a postura submissa à imposição da autoridade, transmitindo a impressão de agir como quem teme desagradar a todos e acaba agradando a ninguém. Entre governistas e oposicionistas, a percepção é de um comando frágil, um Congresso entregue à própria sorte, sem rumo claro. O resultado é um Parlamento que, em vez de impor ordem, resvala para o caos, aproximando-se perigosamente da desmoralização. Aproximando-se, não! Já totalmente desmoralizado nas mãos de Motta.

Nesse cenário, não surpreende Motta concentre seus esforços em aprovar a chamada PEC da blindagem, tema que, longe de unir, expõe ainda mais suas vulnerabilidades e desperta suspeitas sobre seus reais interesses. Se antes Severino Cavalcanti foi o sinônimo de um Legislativo enfraquecido, agora Motta ensaia repetir, e talvez até superar, esse legado indesejado. O Congresso, nas mãos de quem deveria liderá-lo, parece hoje largado, sem pulso, sem firmeza e sem a dignidade que o cargo exige. E talvez porque, também, a PEC da blindagem seja algo muito desejado pelo presidente do Congresso. O motivo? Deixo para o nobre leitor a resposta…

Alessandro Lo-Bianco

Fui repórter da Editora Abril, O Dia, Jornal O Globo, Rádio CBN e produtor executivo dos telejornais da Record. Estou ao vivo na RedeTV!, como colunista de TV do programa “A Tarde é Sua”, com Sônia Abrão. Também sou colunista do portal IG (lobianco.ig.com.br). Tenho 11 livros publicados e 17 prêmios de Jornalismo.

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